Mansplaining
(a blend of the word man and the informal form splaining of the verb explaining)
means “(of a man) to comment on or explain something to a woman in a condescending, overconfident, and often inaccurate or oversimplified manner”.
Ou como as meninas do Think Olga definiram:
“É quando um homem dedica seu tempo para explicar a uma mulher como o mundo é redondo, o céu é azul, e 2+2=4. E fala didaticamente como se ela não fosse capaz de compreender, afinal é mulher.”
Eu tenho uma amiga muito corajosa (amém!) que aprendeu com muito sofrimento o que cada letra de mansplaining significa e contou a sua estória aqui: Por trás da mesa de trabalho, há um coração batendo
Como a gente trabalhava no mesmo lugar eu acompanhei cada momento, ouvi atenta cada confidência, e entre um ombro e uma palavra de incentivo eu ia ficando perplexa tentando buscar dentro de mim alguma explicação para aquilo tudo. Até que um dia, uma terceira pessoa que neste momento já sabia em parte o que estava rolando comentou comigo “Ah, mas ela também não é fácil né?”
Minha respiração parou.
E naquele momento eu entendi que não havia explicação.
Nem para o que o chefe dela estava fazendo, e nem para o comentário que eu tinha acabado de ouvir.
A culpa nunca é da vítima!
Não importa se ela estava de minissaia.
Não importa se ela bebeu demais.
Não importa se ela é dificil – ou ‘não é fácil’ seja lá o que isso quer dizer.
Não importa. Simplesmente não importa.
Um tapa ou uma trepada forçada não são as únicas maneiras de violentar uma mulher. Faze-la se sentir inferior, menor, responsável pela atitude do outro é violência – a violência emocional também é encontrada no dicionário da dor.
E quando de alguma maneira você tenta justificar a atitude do assediador, meu amor, você é cúmplice.
É neste lugar que você quer estar?